top of page
  • Foto do escritorOdan't

Jovens também infartam. Conheça os fatores de risco

A maioria da população acredita que o infarto agudo do miocárdio (IAM) acontece somente em pessoas mais velhas, devido à probabilidade de a saúde de seus organismos estar mais debilitada.


Entretanto, isso não reflete a realidade. Diversos adultos e jovens já passaram pela experiência de um infarto. Isso acontece devido a alguns fatores de risco que propiciam um mau funcionamento da atividade cardíaca, facilitando a ocorrência de um infarto.


Os principais fatores de risco que podem levar uma pessoa ao infarto são tabagismo, hipertensão arterial, alto índice de colesterol no sangue, sedentarismo, obesidade, ansiedade, estresse emocional, além de histórico familiar de problemas coronarianos.


O IAM não acontece somente por causa de um fator de risco – normalmente é o acúmulo de mais de um – como, por exemplo, hábitos alimentares ruins e falta de atividades físicas afetam a saúde tornando perigosas as suas ocorrências: colesterol alto e obesidade.


Em jovens mais novos que 35 anos, notamos que as causas mais frequentes de infarto são as drogas ilícitas, principalmente cocaína e derivados.


Já em pessoas acima dessa idade o médico diz que o cigarro é um dos principais vilões. “Sabemos que o risco de infarto entre pessoas com idade entre 35 e 45 anos é mais alto quando existe o consumo do tabaco. A anfetamina, uma droga ilícita, oferece risco também.


Outras causas de infarto em jovens são ocasionadas pelas as arterites autoimunes: inflamações nas paredes das artérias; e trombofilia: formação de coágulos no sangue.

Após sofrer um infarto, uma pessoa jovem carrega sérias consequências para o resto de sua vida, já que há um encurtamento na sua estimativa de sobrevida, com possíveis e progressivas limitações funcionais. Ter disciplina e determinação para reduzir os fatores de risco e não deixar de realizar avaliações médicas periódicas.



Em 2030, 68% dos brasileiros poderão estar com excesso de peso


O ano de 2030 parece estar longe, mas uma projeção com dados alarmantes mostram como poderão estar os brasileiros daqui a oito anos: a prevalência de excesso de peso pode chegar a 68%, ou seja, sete em cada 10 pessoas, e a de obesidade a 26%, ou uma a cada quatro.

Os dados levantados são do estudo A Epidemia de Obesidade e as DCNT – Causas, custos e sobrecarga no SUS, realizado por uma equipe formada por 17 pesquisadores de diversas universidades do Brasil e uma do Chile. Os resultados do estudo podem ser acessados no por meio de endereço eletrônico.


O estudo, que foi financiado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), mostra que, no Brasil, a prevalência do excesso de peso aumentou de 42,6% em 2006 para 55,4% em 2019. Já a obesidade saltou de 11,8% para 20,3% no mesmo período.

Os dados revelam que o risco associado de diversas Doenças Crônicas não Transmissíveis (DCNT) é o mais preocupante e pode levar a consequências impactantes para o Sistema Único de Saúde (SUS). O acúmulo excessivo de gordura corporal está associado com o aumento no risco de mais de 30 DCNT, em maior ou menor grau.


As DCNT são causadas por diversos fatores de risco, podem ficar um longo período ocultas e afetam pessoas por muitos anos, podendo resultar em incapacidades funcionais. As doenças cardiovasculares, doenças respiratórias crônicas, as neoplasias (cânceres) e a diabetes mellitus são exemplos de DCNT.


Na opinião do coordenador do estudo, professor e pesquisador da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Leandro Rezende, as causas populacionais podem ser o motivo para incentivar o controle do sobrepeso e da obesidade.


“O excesso de peso e obesidade vêm aumentando no mundo não por causas individuais, as causas populacionais da obesidade que vêm mudando. A gente define como causa populacional um conjunto de mudanças especialmente no sistema alimentar que foram ocorrendo a partir da década de 1970, 1980 e que notavelmente a partir de mudanças da legislação, mudanças nas leis agrícolas, mudanças na legislação quanto ao marketing e ao processamento dos alimentos. São essas questões que foram mudando e que tornaram o problema do excesso de peso e obesidade em uma epidemia”.


As causas do excesso de peso e da obesidade devem ser combatidas no âmbito populacional ao invés do âmbito individual, para que sejam pensadas em estratégias de prevenção mais assertivas, ressaltou o professor.


“Continuar focando no problema do excesso de peso e de obesidade, assim como para outros fatores de risco, como por exemplo, o tabagismo. Olhamos para o tabagismo como fenômenos populacionais e propomos estratégias de prevenção. Conseguimos sair de uma prevalência de 30%, 40% de tabagistas no Brasil para hoje menos de 10% . Notavelmente por conta das políticas públicas que foram feitas para que pudessem combater o cigarro como fenômeno populacional e não como escolha individual [como falta de vontade das pessoas pararem de fumar]”.



Fontes:

Agência Brasil

Sociedade Brasileira de Cardiologia - Coração Alerta

Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia

A Epidemia de Obesidade e as DCNT – Causas, custos e sobrecarga no SUS


3 visualizações0 comentário
bottom of page