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PREVENÇÃO DA FIBRILAÇÃO ATRIAL: ARRITMIA CARDÍACA QUE PODE CAUSAR AVC

Atitudes e hábitos saudáveis podem reduzir os altos índices de incapacidade e mortalidade causados pelo Acidente Vascular Cerebral


Alimentação saudável, controle da pressão arterial, redução no consumo de sal, atividade física-esportiva moderada e regular, menor consumo de bebidas alcoólicas e de energéticos (associados ou não ao álcool) e eliminação do tabaco. Estas são algumas das atitudes que a Sociedade Brasileira de Arritmias Cardíacas (SOBRAC) preconiza como importante alerta na preservação da saúde cardiovascular e que também colaboram para prevenir a Fibrilação Atrial, umas das arritmias cardíacas mais prevalentes na população mundial e que está cada vez mais associada ao avanço da idade.


A Fibrilação Atrial atinge aproximadamente 175 milhões de pessoas. No Brasil, deverá ter um aumento de 5-10%, sobretudo em indivíduos na faixa dos 75 anos, em virtude do envelhecimento. A principal consequência disso é o aumento de risco para o Acidente Vascular Cerebral (AVC), popularmente conhecido como derrame e que contribui também para os altos índices de incapacidade e mortalidade.





A doença é caracterizada por batimentos rápidos e irregulares do coração, devido à contração rápida, irregular e pouco eficiente dos átrios, gerada pelos batimentos cardíacos sem sincronia.

Apesar de a Fibrilação Atrial ser mais prevalente entre os idosos, também atinge outros grupos vulneráveis, como hipertensos, sedentários, diabéticos, obesos, tabagistas, portadores de apneia do sono e pessoas com histórico familiar.

A doença tem menor incidência em crianças, jovens e adultos – nos mais jovens está associada a alterações genéticas. Já em atletas de elite, que têm maior probabilidade do que em jovens em geral e da mesma faixa etária, pode ocorrer com mais frequência em razão de exercícios intensos e sobrecarga para o coração.


A Fibrilação Atrial também pode ocorrer de forma assintomática, sendo uma arritmia silenciosa mesmo em jovens saudáveis, atletas de alta performance e esportistas amadores. No entanto, as diretrizes das Sociedades médicas de cardiologia recomendam a praticar de atividade física-esportiva diariamente, mesmo para pacientes com alguma doença cardiovascular.


O AVC (ou derrame) é uma das principais causas de morte em todo mundo, e que deixa sequelas, muitas delas incapacitantes. A doença cerebrovascular atinge 16 milhões de pessoas ao redor do globo a cada ano. Dessas, seis milhões morrem. Por isso, a Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda a adoção de medidas urgentes para a prevenção e seu tratamento.


Como a Fibrilação Atrial pode desencadear o AVC, uma série de fatores devem ser observados, sobretudo entre os idosos. A hipertensão é um deles. De acordo com a OMS, mais de um bilhão de pessoas em todo o mundo são hipertensas, afetando entre 20-40% da população adulta somente nas Américas, ou seja, 250 milhões de pessoas.


A hipertensão – pressão arterial superior a 140/90 mmHg (14×9) – está associada principalmente ao elevado consumo de sal. E o Brasil tem um dos piores índices globais: enquanto a quantidade diária recomendada pela OMS é abaixo de 5g/dia, os brasileiros consomem 12g/dia.


Outro fator associado à Fibrilação Atrial em idosos diz respeito a arterioesclerose, condição degenerativa de endurecimento e espessamento das paredes arteriais que costuma provocar aumento da pressão arterial. Esta condição começa a ser verificada a partir dos 50 anos, mas é um fenômeno normal ao envelhecermos.




Toda vez que a Frequência Cardíaca e o ritmo do coração não obedecerem às necessidades do organismo do indivíduo, teremos uma Arritmia Cardíaca. Na fibrilação atrial, essas impulsões são irregulares, não cadenciadas e que não obedecem a um ritmo constante. Uma das formas para averiguar isso é através da medição do próprio pulso, ou seja, com o autoexame.


Sob condições normais, em repouso e na atividade leve habitual, a Frequência Cardíaca (FC) varia na maioria das vezes entre 60 batimentos por minuto e 100 bpm. Pode haver variações, como durante atividades físicas-esportivas leves ou mesmo de alta performance, que pode apresentar batimentos normais acelerados.


Para medir o pulso, a fórmula é muito simples: coloca-se os dedos indicador e médio na parte interna do pulso, sobre o local aonde se sente impulsões, que correspondem aos batimentos cardíacos. Conta-se o número de impulsões por 15 segundos e multiplica-se o valor por 4: o resultado é a frequência cardíaca, ou seja, o número de batimentos por minuto (bpm).


Quando este número está abaixo dos 60 bpm, detecta-se uma bradicardia – entre 30-40 bpm pode ocorrer a falta de oxigenação cerebral, provocando tonturas, desmaios. A taquicardia é quando o coração está acelerado, acima dos 100 bpm.


Tratamentos


Os tratamentos mais comuns para a Fibrilação Atrial são o medicamentoso, com intervenção de antiarrítmicos para corrigir doenças de base e deixar o coração menos vulnerável às arritmias cardíacas. Quando os medicamentos não atuam de forma esperada, a ablação por cateter pode trazer maiores benefícios ao paciente. Na primeira intervenção, a probabilidade de cura tem até 70% de sucesso. Porém, em 30% dos casos que precisam de um retoque com ablação, esta segunda abordagem pode eliminar a Fibrilação Atrial em definitivo.


O tratamento da Fibrilação Atrial deve ser conduzido por um arritmologista ou eletrofisiologista, áreas da cardiologia especializada em arritmias cardíacas.




Fonte: Sociedade Brasileira de Arritmias Cardíacas (SOBRAC)

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